segunda-feira, 25 de abril de 2011

A idade que se quer

Todo mundo já mentiu a idade uma vez na vida.
Fato.
Quem nunca tentou parecer mais velho pra entrar em uma balada ou conquistar alguém na adolescência está mentindo duplamente. Sério. E isso é muito feio.

Me lembro como se fosse hoje a alegria que eu ficava quando me davam alguns anos a mais do que o que eu realmente tinha! Aquela vontade louca de chegar logo aos 18!!!! Tirar carta de motorista, ter independência ... que tolice! 
Quando realmente chegamos aos 18,  percebemos como o tempo passa rápido (e o que passou não volta mais) e como era bom ter apenas 12! Quando a nossa unica obrigação era ir bem na escola e passar de ano ...

Hoje, balzaquiana que sou, tenho orgulho dos meus 31 anos, mas confesso que ganho o dia quando me dão 20 e poucos ... e olha que acontece com bastante frequência, modéstia a parte. Culpa dessa genética maravilhosa que mamãe me deu! Todos na minha familia materna parecem ter menos idade do que realmente têm! EBA! 
Mas antes que me crucifiquem, vou deixar bem claro que existe uma grande diferença entre mentir a idade e parecer mais nova. E quando alguém arrisca um palpite eu adooooro dizer minha idade verdadeira e ouvir um "não acredito"!

Acho que a fase que eu estou vivendo é a da verdade. Raramente você encontrará alguém que minta a idade quando se tem entre 30 e 40 anos! É uma fase de mudanças e aceitação onde descobrimos que a maturidade não é tão ruim assim, e aprendemos a andar de mãos dadas como grandes amigas. Nunca me senti tão bem resolvida! 

O problema é que o ser-humano descobre novamente a "idade que se quer" depois dos 40, e passa a mentir novamente ... só que dessa vez em vez de somar, é hora de subtrair. 
E a matemática da vida leva zero novamente.

O fato é que a melhor idade certamente é a que temos hoje. É a que traz as lembranças em fotografias e       histórias. É a que nos transformou no que somos hoje e a que nos deu os amigos que temos.

No fundo, todos sabem a "idade que se quer" ... mas poucos admitem que a vida é a "idade que se tem".

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